segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A Região do Baixo-Tâmega Tem Motivos de Esperança


Os municípios de Baião, Amarante, Marco de Canaveses, Resende, Cinfães e Penafiel, juntamente com sessenta e oito entidades privadas da região constituíram um consórcio destinado à apresentação de uma candidatura ao Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos – «PROVERE».

Trata-se de uma candidatura com um valor estimado de investimento na ordem dos 150 milhões de euros e que prevê a criação de 220 postos de trabalho. Este programa não financia directamente os projectos, porém, em caso de aprovação por parte da CCDR-N, confere uma “certificação” a cada uma das iniciativas de investimento incorporadas na candidatura, abrindo-lhes as portas a vários instrumentos de financiamento comunitário.


Esta candidatura, subordinada à temática “Paisagens Milenares no Douro Verde”, conceitos criados e desenvolvidos pelo Doutor Lino Tavares Dias e pelo Dr. Rolando Pimenta, aposta na valorização do património histórico, cultural, natural e ambiental, assim como na qualificação das pessoas, do território e dos produtos locais.


No contexto da mesma, foram ainda definidos onze «projectos-âncora», ou seja, iniciativas que, pela sua natureza, âmbito e finalidades, poderão contribuir para a dinamização integrada do território e do seu potencial. São elas: “A Valorização das Paisagens Milenares – Tongóbriga”; “O Património Natural e Cultural como Factor de Desenvolvimento e Competitividade – Serra da Aboboreira”; “Web-TV – Douro Verde”; “Turismo de Aldeia – Casas da Lage”; “Unidade Hoteleira de 5 Estrelas – Pala/Ribadouro”; Hotel Solar Quinta da Boavista”; “Casas de Caseiro – Agroturismo”; “Ecopistas da Linha do Tâmega”; “Hotel Rural «ARSDURIUM»; “Rota do Românico”; “Centro de Artes e Ofícios Rurais Tradicionais”.

Parte do trabalho das entidades públicas e privadas está realizado. Agora, e como assinalou o coordenador da “Unidade de Missão para o Douro”, Eng.º Ricardo Magalhães, a candidatura apresentada pela Cooperativa «Dólmen» vai confrontar-se com outras, provenientes de regiões e em que os actores já há muito desenvolvem trabalho em parceria e cooperação. Também elas procurarão valorizar as identidades e o valor dos produtos locais. Muitos desses espaços territoriais têm inclusivamente uma história de projectos e iniciativas que demonstra uma boa articulação com as instâncias decisórias regionais e nacionais. Como foi reconhecido, a nossa candidatura é forte e ilustra coesão territorial e institucional.

Independentemente do resultado que consigamos obter e, naturalmente, confiando na sua aprovação, há ilações muito positivas a retirar deste caminho comum que os actores da região têm vido a fazer:


- em primeiro lugar, conseguimos apresentar uma estratégia definida e inscrita no âmbito de um Plano de Desenvolvimento Territorial (PDT) que, embora não tivesse alcançado uma natureza supra-municipal, permitirá à região avançar com um investimento superior a 100 milhões de euros na qualificação das pessoas, do território e das suas instituições, públicas e privadas;


- em segundo lugar, uma parte dos mesmos actores e com a liderança da Cooperativa «Dólmen», envolveu-se numa candidatura ao Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) que alcançou uma boa qualificação e permitirá trazer para o território cerca de 25 milhões de euros de investimento em projectos de dinamização social, cultural e económica de um espaço rural no âmbito da “abordagem leader” e que envolve parceiros públicos e privados de Amarante, Baião, Cinfães, Marco de Canaveses, parte de Penafiel e de Resende;


- por último, apresentamos – Cooperativa «Dólmen» - agora esta candidatura ao PROVERE com um valor estimado de investimento superior a 150 milhões de euros. Como se conclui há razões para a esperança no futuro desta região. Os mais directos responsáveis pelo desenvolvimento local e regional, de natureza pública e privada, compreenderam que o desenvolvimento se promove numa óptica de cooperação e parceria. O espírito que hoje enquadra os interesses e as estratégias locais de desenvolvimento resultará num interesse comum de desenvolvimento da região do «Douro Verde», valorizando para o efeito a sua “identidade”, assente nas suas “Paisagens Milenares”, histórica e culturalmente definidas, embora sempre abertas ao mundo e aos seus sinais.
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